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Neste mês de aniversário, conheça melhor a história do bairro até a atualidade

setembro 24, 2021 8:38 pm by: Category: Alphaville, Brasil, São Paulo A+ / A-

 

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Fotos: Aéreas com drone, colaboração do fotógrafo Uelson Henkell @uelsonhenkell e da Secom Barueri, e a antiga, de 1973, Alameda Rio Negro, dos arquivos da Alphaville Urbanismo. Texto da redação com auxílio da Wikipédia. 

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Acima, foto de 1973, com a Alameda Rio Negro em terraplenagem, com vista ao fundo para a rodovia Castelo Branco

Idealizado pelos engenheiros Yojiro Takaoka e Renato Albuquerque, sócios da empresa Albuquerque Takaoka, é considerado como a primeira tentativa de se criar artificialmente um bairro de grandes proporções no Brasil. É formado por uma série de residenciais fechados de alto padrão, além de um centro industrial e empresarial. Nele se agregou outro empreendimento grande, o Tamboré, também com vários residenciais fechados.

Galeria de fotos atuais com drone

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História

Proveniente de um terreno de 500 hectares comprado em 1973, era um empreendimento voltado inicialmente às indústrias não-poluentes. Foi erguido no lugar da antiga fazenda Tamboré, comprada pela construtora dos herdeiros Almeida Prado, e o processo envolveu papeladas sobre reservas indígenas e 105 posseiros, entre outros problemas. Havia outros obstáculos, como o nome, difícil e que evocava um filme do cineasta francês Jean-Luc Godard, e a falta de vocação do lugar, que não se sabia se seria um loteamento de casas de campo para finais de semana ou um lugar para se morar, mais afastado da cidade. A Alameda Rio Negro, principal via de acesso ao bairro, e também a primeira implantada, originalmente seria para empresas, mas acabou dando lugar ao Residencial Alphaville 1, o primeiro do gênero no Brasil.
A implantação deu-se com as vendas de lotes na década de 1970, primeiramente a proprietários e executivos de empresas que ali se instalavam, como a: HP, Sadia, Du Pont e Confab. O projeto original da construtora era construir um centro empresarial em torno da sede brasileira da HP – Hewlett Packard, com um núcleo de comércio, mas depois surgiu a ideia de construir casas para os funcionários da HP, depois para funcionários das outras empresas e, finalmente, para quem quer que fosse. “O resultado é que em dez anos fizemos uma minicidade”, declarou o engenheiro Yojiro Takaoka à revista Veja em São Paulo em 1986.
Devido à necessidade de moradia dos executivos dessas empresas houve, em 1975, o lançamento do AlphaVille Residencial1. Assim nascia o embrião do conceito AlphaVille de ocupação ordenada. A instalação de uma multinacional mudou o conceito e até o nome de AlphaVille, que passou de AlphaVille Centro Industrial para AlphaVille Centro Industrial e Empresarial.
Com o passar do tempo percebeu-se que era mais rentável a venda residencial do que a empresarial, sendo construídos outros Residenciais, designados com números. O primeiro se chamou Residencial 1, e assim por diante.
No início da década de 1980, era possível comprar terrenos no condomínio por preços baixos, mas a valorização em 1986 mudou muito, embora esse aumento não tenha afastado novos moradores, tanto é que imóveis eram comumente vendidos no máximo uma semana depois de ser listados e apenas no lançamento do Alphaville 10 foram vendidos duzentos dos setecentos lotes colocados à venda. Muita gente dizia que se mudava para lá por causa das crianças.
Havia poucas, mas rígidas regras: era proibido instalar casas pré-fabricadas nos terrenos , o que ajudou a afastar a ideia de loteamento de fim de semana, e cada quadra não podia comportar mais de 22 casas, com recuo obrigatório de quatro metros na frente, para o jardim e recuo de calçada. A associação dos moradores funcionava para garantir a segurança e manutenção, mas era o poder público quem liberava o Habite-se.
Na mesma década o bairro verticaliza-se por causa da grande demanda imobiliária, onde mudaram-se profissionais liberais e altos funcionários de empresas da região, antigos moradores da cidade de São Paulo.

Pedido de emancipação
Na década de 1990, Alphaville, juntamente com Tamboré, tentou emancipar-se para criar um novo município com a junção dos dois bairros, mas o movimento não obteve êxito e foi arquivado. O bairro permaneceu parte em Barueri e parte em Santana de Parnaíba.

Atualidade
Alphaville abriga cerca de doze mil residências, e mais de 80 edifícios residenciais e além de muitos comerciais. Totalmente urbanizado e com segurança própria, passou a ter um grande reforço das guardas municipais das duas cidades e da infraestrutura das mesmas e de associações externas de cunho comercial, empresarial e industrial.
Possui uma população fixa estimada em mais de 70 mil habitantes e uma flutuante de mais de 200 mil pessoas por dia, formada por quem ali trabalha ou visita o bairro, a passeio ou a negócios.
O bairro conta com pronto-socorros privados 24 horas e muitas clínicas, shoppings centers, clube, laboratórios de grande porte, muitas agências bancárias , hotéis e flats, salas de cinemas (nos shoppings Tamboré e Iguatemi Alphaville), escolas públicas e privadas, vários supermercados e hipermercados, etc. Inicialmente previa-se chegar ao Alphaville 15, mas o último com esta denominação a ser lançado, foi o Alphaville 12 — não há residenciais com o número 7 e 13, por motivos de superstição, embora haja um com o número 0 – e outros com nomes como Burle Marx, Plus e 18 do Forte. Além de outros empreendimentos, cujo primeiro foi o Melville, Valville e Gênesis, dentre outros mais recentes.
A grande procura imobiliária nos últimos 30 anos anos levou incorporadoras e construtoras a buscar novos terrenos, mais distantes do primeiro centro comercial, favorecendo, desta forma, o aparecimento de novas áreas de serviços e de novos bairros, como o Tamboré, que tem empreendimentos com características semelhantes aos de Alphaville, porém com residenciais lançados a partir da década de 1980. O conjunto de empreendimentos em torno dos residenciais, ficou conhecido como “Centro Comercial, “Centro de Apoio” ou “Centro Empresarial” de Alphaville.
Muitos moradores não sabem, mas os residenciais horizontais não são condomínios, e sim, associações d emoradores, com ruas internas em área pública, de suas prefeituras, inclusive, suas portarias que são utilizadas em regime de comodato, mas que estão em solo da municipalidade. Há, no entanto, residencias que são compostos por sobrados padronizados, construídos em áreas privadas, estes que são realmente condomínios com regras próprias, como no caso de edifícios verticais.
Outra curiosidade, que não é muito boa, é que as alamedas quase não possuem árvores. Nos loteamentos, todos os lotes receberam árvores na região de passeio público, mas muitas casas as eliminaram em função dos seus projetos. Outra curiosidade, é que apenas nos residenciais horizontais 1 e 2, existem calçadas. E, no residencial 1, cerca de 150 casas, as primeiras, puderam construir cercas frontais de ferro com portões.
A circulação viária foi ficando insuficiente e as duas prefeituras foram fazendo obras viárias para tentar minimizar o problema. Desta forma, surgiram novas avenidas e, com elas, radares e lombadas, algumas eletrônicas, para controlar altas velocidades. O primeiro viaduto a ser construído foi na Alameda Araguaia, pela Prefeitura de Barueri. Mais recentemente, a Prefeitura de Santana de Parnaíba construiu o viaduto Oscar Niemeyer na Praça de Paz (cruzamento da Avenida Yojiro Takaoka com a Avenida Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues).
As duas prefeituras criaram infraestrutura completa de saúde, um bairro todo iluminado com lâmpadas de Led, e nos demais  bairros, com hospitais e maternidades, pronto-socorros, UPAs e UBs, que também atendem aos moradores do bairro. E, dois novos hospitais estão sendo construídos, o Regional Estadual em Barueri e o Novo Municipal em Santana de Parnaíba. Centros de Eventos de grande porte, ginásios poliesportivos, parques e campos de futebol profissionais, também foram construídos pelas duas prefeituras. Também existe uma unidade de Corpo de Bombeiros dentro do bairro perto do residencial Alphaville Burle Marx. E, outra, mais antiga, do outro lado da marginal do Rio Tietê.

O sucesso estrondoso do Bairro Alphaville levou a que a Construtora Albuquerque Takaoka S.A., extinta após o falecimento do sócio Yojiro Takaoka, depois a Alphaville Urbanismo  fundada pela família Albuquerque, construíssem outros Alphavilles em vários municípios/estados brasileiros e em Portugal. E, o modelo passou a ser repetido pela Tamboré S.A. e muitos outros empreendimentos Brasil afora.

 

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