Foto aérea do site economia.uol, mostra a junção entre as aéreas residenciais, comercial e empresariais, no ‘coração’ do bairro
Alphaville, o bairro idealizado e implantado em 21.09.1973, pela extinta Construtora Albuquerque, Takaoka S.A, de propriedade dos engenheiros Renato de Albuquerque e, do já falecido, Yojiro Takaoka, na data de hoje completa 42 anos.
Sua implantação aconteceu na Alameda Rio Negro, que pode ser vista acima, com as alamedas Rio Negro, Araguaia, Tocantins e Madeira, e o famoso canteiro central, com a palavra Alphaville edificada em concreto como monumento de entrada do bairro.
A primeira empresa HP – Hewlett Packard – a se instalar em Alphaville, foi exatamente ao lado deste canteiro que, inicialmente era uma rotatória, e outras empresas vieram. O Centro Comercial, também foi iniciado, com apenas 4 edificações, sendo 1 resturante, uma videolocadora, uma farmácia e uma imobiliária.
Segundo o engenheiro Renato de Albuquerque, em entrevista que concedeu à nossa editora Newsville, para a então revista Newsville quando Alphaville fez 20 anos, ele e Yojiro Takaoka, jamais imaginaram que o empreendimento que estavam lançando virasse esta potência, tivesse este desenvolvimento rápido e intenso e desmebramentos por todo o Brasil e até em Portugal. Ele nos contou que a criação do residencial Alphaville 1, no final da Alameda Rio Negro, foi uma decisão da construtora para acomodar com moradias, os empresários e seus funcionários, que seriam os pioneiros no bairro. Nesta época, segundo ele, o sócio Yojiro Takaoka ia, com a jornalista que editava o jornal da construtora (Giorgia Marcucci do Jornal de Alphaville), até Barueri buscar pão francês em uma padaria, de madrugada e faziam entrega, pessoalmente, nas primeiras casas do residencial Alphaville 1, de forma a dar um suporte aos que vinham aqui morar.
Não existia nada, para os pioneiros. Então, foram chegando primeiro: o mini mercadinho apelidado de “Redondo”, na Alameda Araguaia e, no Centro Comercial, no portão 1 da Alameda Madeira, a video locadora Video Ville, a Imobiliária Guizzardi, a Farmácia Patrícia e o restaurante La Rocca. Estes eram os únicos pontos de apoio e de encontro da época.
O sucesso de vendas do Alphaville 1, foi grande, a ponto da construtora fazer o lançamento do Alphaville 2, também residencial. Seus lotes tinham o tamanho mínimo padrão de 900 metros quadrados. As vendas deste segundo residencial foram muito rápidas. E, isto estimulou a compra, pela construtora, de terras que seriam da fazenda Tamboré, da família Penteado, onde se iniciou a avenida Alphaville, que hoje é chamada por Yojiro Takaoka.
Esta iniciou-se com uma só pista asfaltada, pois a outra, era de terra, que fazia divisa com o Alphaville 1, e chegou, primeiro no trecho onde foi criado o atual Centro Administrativo do Bradesco, na esquina da Avenida Andrômeda. Mas, ainda era só, e avançou mais, só com esta pista asfaltada, até o trevo do residencial Alphaville 3, há 36 anos atrás, onde o plantão de vendas ficava onde hoje é o Shopping Iguatemi, na entrada da Alameda Rio Negro. O lançamento deste residencial foi sucesso absoluto, vendendo todos os 900 lotes, que já eram de 360 metros quadrados em menos de uma semana
Logo em seguida, viria o lançamento do Alphaville 4, e assim, foi. Hoje são, com a marca Alphaville: 0,1,2,3,4,5,6,8,9,10,11,12, 18 do Forte, Burle Marx, Conde e Plus. “Só não teve 7 e 13, por motivo de superstição dos corretores imobiliários da época, que pediram à construtora que não usasse estes números, que segundo eles, dificultariam as vendas”, segundo Renato de Albuquerque.
Sucesso absoluto de vendas, o empreendimento Alphaville cresceu, paralelamente a outros que impulsionou. Os primeiros, pertencentes à Construtora Tamboré, que teve parte das terras da sua fazenda, para lançamentos próprios, aproveitando a infraestrutura que Alphaville já possuia. Começaram os residenciais Tamborés, pelo 1. Hoje, são, em regime de associação de moradores, os Tamborés 2,3 e 10 (este também chamado de Terras Altas), os 4,5,6,7, e Quintas do Tamboré, em regime de condominio. Depois, outros vieram também como associações de moradores, com os nomes de Melville, Gênesis I e II, Alpha Sitio e Vila Sollaia, e como condominios horizontais, Up Town Housing e Scenic.
Nesta diferença entre ser um residencial fechado, com a condição de associação de moradores ou condomínios, é que na primeira, as ruas, portarias e praças, estão em terrenos que pertencem às prefeituras das duas cidades, Barueri ou Santana de Parnaíba, por ser loteamentos. Alguns deles, feitos em terrras indígenas no passado, sendo da União, com cobrança das taxas de Fôro e Laudêmio. Os que foram construídos em condição de condomínios, estão em terrenos particulares, e pelo código civil, são regidos pela Lei de Condomínio. No caso das associações, para proteger as edificações das portarias, inicialmente construídas pela construtora e depois, muitas delas ampliadas e reformadas pelas associações, há muitos anos atrás, foi concedido regime de comodato, por um período de 49 anos, a ser renovável, primeiro pela Prefeitura de Barueri e, logo em seguida, pela Prefeitura de Santana de Parnaíba.
Atualmente, Alphaville tem mais de 80 mil moradores, em mais de 100 condomínios verticais residenciais e 32 residenciais horizontais, com cerca de 8600 casas.
Mas, o que se tornou o maior problema de Alphaville, foi uma infraestrutura viária, aquém da demanda, o que vem crescendo, em problemas, há mais de 20 anos. Alphaville acoplado ao Tamboré, no seu “boom imoblilário, impulsionado também pela “Lei de Incentivos Fiscais”, trouxe muitas empresas, tanto na condição de indústrias, como na condição de edificios de pequeno, médio e grande porte, comerciais.
Passou a ser um grande pólo de negócios, o que obrigou que a Rodovia Castelo Branco fosse ampliada, o que também gerou a construção de praças de pedágio.
Em termos viários, o bairro ganhou, como obras municipais, uma passagem de nível na Alameda Araguaia, uma nova ponte sobre a Castelo Branco, duas pontes sobre o Rio Tietê, como prolongamento da Alameda Tocantins e da Estrada da Aldeinha, um elevado no muro lateral do residencial Tamboré 1, a avenida Via Parque, que já está sendo duplicada, e uma avenida que liga o bairro à Rodovia Anhanguera na altura de Cajamar/ Polvilho.
Alphaville e Tamboré, possuem seus polos empresarias, industriais e comerciais, que já se misturam a edifícios residenciais. As redes hoteleiras chegam uma a uma, assim como os super e hipermercados e shoppings centers. O bairro possui negócios, profissionais liberais e serviços de todas as naturezas, o que lhe deu independência total de São Paulo capital, mas também, lhe trouxe os problemas da metrópole, onde o principal é o viário. A consequência maior, foi o aumento da receita das duas cidades, Barueri, principalmente, e Santana de Parnaíba, que há anos, quando criaram e adotaram leis de incentivo fiscal, com baixos valores de ISS – Imposto Sobre Serviço – atraindo empresas e negócios para Alphaville e Tamboré.
Hoje, o bairro possui mais de 200 mil pessoas em condição de população flutuante, além da população fixa. Hoje, disseminada por todo o Brasil, a Marca Alphaville, tem sua extensão em Portugal, e vários residenciais copiam o seu modelo.