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História sempre emociona e informa. Segundo historiadores, Barueri surgiu na época das missões jesuíticas, em meados do século XVI. A origem da cidade foi o aldeamento de Barueri, fundado em 11 de novembro de 1560 pelo padre José de Anchieta, que ergueu na margem direita do rio Tietê, pouco acima da confluência com o Rio Barueri Mirim, a Capela de Nossa Senhora da Escada, padroeira do município, edificação que ainda existe e é tombada, aberta à visitação turística, que fica no bairro da Aldeinha.
O nome Barueri deriva da mistura da palavra francesa barriére (barreira, queda, obstáculo) com o vocábulo da lingua tupi; mba’eryryî, onde mba’e significa ‘coisa’ e ryryî significa ‘tremer’, portanto, ‘coisa que treme, isto é, corrente veloz das águas de um rio em trecho de grande desnivelamento, significando, portanto, barreira que encachoeira o rio, visto que a área ficava na bifurcação do Rio Anhemby, como era chamado o Rio Tietê. No entanto, formou-se uma crença de que Barueri significa “Flor vermelha que encanta”, por causa dos hibiscos vermelhos que existiam nas margens do rio. Mas, “Flor vermelha que encanta” é, na verdade, um slogan de Barueri.
Conta a história, que a Aldeia de Barueri cresceu rapidamente, tornando-se um dos mais importantes aldeamentos de índios do Brasil Colônia. Resistindo ‘bravamente’, com a ajuda dos padres jesuítas, aos frequentes ataques de bandeirantes que desciam o rio Tietê em direção ao interior, aprisionando índios para mão-de-obra escrava e, assim conseguiu sobreviver e crescer. Com o decorrer dos anos e o notório crescimento, a Aldeia de Barueri chegou a condição de povoado e, posteriormente, já em 1809, à categoria de freguesia.
Em 1870, iniciou-se a construção da Estrada de Ferro Sorocabana e, em 1875, com a inauguração do primeiro trecho, Barueri ganhou sua estação ferroviária, tornando-se importante entreposto de cargas, rota obrigatória na ligação da Capital São Paulo com Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus. Todo o transporte era feito em carros de boi. Foi desta forma que todas as peças do Coreto Maestro Bilo foi levado para a Praça XIV de Novembro em Santana de Parnaíba, assim como as peças para a construção da Usina Edgard de Souza, em 1900, pertencente à Ligth & Power Company, em Santana de Parnaíba. Para o transporte dos equipamentos da usina, da estação de trem até Parnaíba, tornou-se necessária a abertura da Rua Duque de Caxias, como alternativa para se evitar a íngrime ladeira da Rua Campos Sales. Em 1917, Barueri foi elevada a categoria de distrito policial e, em 1918, à categoria de distrito da paz, com a indicação de um subprefeito. No início do século XX, Barueri, assim como a cidade de São Paulo, recebeu imigrantes vindos da Europa e da Ásia, onde se destacaram as famílias Loureiro, Crudo, da Matta, dentre outras. A maior parte delas, portuguesas e japonesas. E, em 1936, foi instalada a primeira indústria da região, o Frigorífico Pisani. Pertencente ao Município e Comarca de Santana de Parnaíba, Barueri crescia a olhos vistos, suplantando a pacata e bucólica Parnaíba.
A Emancipação
O espírito autonomista não tardou a surgir entre os cidadãos e o movimento emancipacionista ganhou vulto, culminando com a criação do Município de Barueri pela lei número 233, de 24 de dezembro de 1948, sancionada pelo Governador Adhemar de Barros. Em 26 de março de 1949, há 70 anos, instalou-se o Governo Municipal e a primeira Câmara de Vereadores. Em 08 de dezembro de 1964 foi promulgada a lei que instalou a Comarca de Barueri. Então, o dia 26 de março passou a ser o Dia da Emancipação Política Administrativa de Barueri e o seu aniversário.